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Ermitão de São Gens
Um marco na nossa paisagem, o Monte de S. Gens que fica a caminho de Vila do Conde vai moldando quer o território como também o próprio clima.
Local de ocupação temporal bastante remota, apontando diversos historiadores para a ocupação do espaço do lugar de Cidai pelo Homem desde o tempo que os romanos palmilhavam a Península Ibérica.
Se formos um pouco criteriosos nesta avaliação temporal, podemos até recuar um pouco mais atrás, à época castreja até porque o próprio local reúne as condições essenciais para a vida neste período temporal.
Local de difícil acesso, escarpado, uma vista impressionante no seu cume que permitia controlar todo o movimento em seu redor, o ideal para este tipo de povos.
Seguramente que a romanização apenas trouxe um pouco mais de organização aquele espaço e até possivelmente uma ocupação mais permanente do mesmo, mas, tudo não passa de suposições até porque o tempo e até a própria ação do Homem fez com que muitos registos patrimoniais fossem sendo apagados.
O aproximar da época medieval, introduz profundas mutações na sociedade e na sua cultura com o crescimento exponencial do cristianismo a ser evidente e S. Gens deveria ser dos santos mais venerados naquele momento da história.
As poucas capelas e igrejas que chegaram até à atualidade, construídas com cunho claramente românico são exemplos disso mesmo se escrutinarmos a fase da sua construção.
Na memória de muitos estará a construção do templo atual, todavia, existem referências imemoriais à existência de uma pequena ermida no topo daquela montanha.
Os primeiros povos da era medieval que descendiam dos romanos e que se fixaram naquela área, trariam consigo o seu culto, aliás, conforme o que foi referido precedentemente.
Nos anos da década de 1950 vários arqueológos referem que ainda era possível encontrar naquela área vários conteúdos de construção típicos da civilização romana que atesta a antiguidade mencionada anteriormente.
A capela de S. Gens devido ao isolamento que estava destinada acabaria por ser deixada ao abandono e foi se degradando até cair completamente em ruínas.
A sua própria imagem alega-se que estará na Igreja Paroquial de Custóias e terá inclusivamente ganho novo impulso o seu culto.
No meio disto tudo, existiu um ermitão neste território que se terá isolado da sociedade e que seria descendente dos morgados da Carriça.
Uma prática comum à época, o isolamento, o afastamento da multidão na procura de atingir a pureza e estar sobretudo mais próximo de Deus.
O referido ermitão rapidamente reza a lenda seria procurado pelos elementos das várias comunidades vizinhas, teria o dom de fazer vários milagres e rapidamente a sua fama cresceu e não parou.
A sua fama não parava de evoluir e rapidamente a inquisição daria sinais de estar atenta aquele fenómeno e o ermitão acabaria por responder em tribunal religioso pela sua fama de milagreiro.
Mas, isso fica para as próximas crónicas….
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