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Linha do Equilíbrio | “Foi na escola que aprendi…”
Atualmente, os jovens passam muitas horas, do dia, na escola, sendo estas, incontornavelmente, um dos precursores da aprendizagem e do desenvolvimento sociocognitivo. É, assim, no contexto escolar, em paralelo com a família, que os jovens desenvolvem o sentido de identidade, de pertença ao grupo e a consolidação dos seus valores.
A escola constitui, portanto, um meio para a aceitação, a integração e a afirmação social, bem como para interiorização das regras básicas de educação e de socialização, sendo estas competências um continuum com a educação transmitida na família. Por outro lado, a escola continua a ser um pilar na educação dos jovens, onde na interação com os outros, aprendem os conceitos de igualdade e diversidade, bem como se preparam para serem autónomos, livres e responsáveis na prática dos seus valores.
Apesar de desempenhar um papel tão importante na nossa sociedade, a escola tem sofrido alterações, nomeadamente com a introdução das tecnologias e da internet, em contexto de sala de aula. O aumento da influência do mundo digital e da crescente desmotivação escolar nos jovens, onde existe a “crença” de que o mundo digital, muito mais apelativo, poderá ser a solução para todos os problemas, leva à crescente preocupação dos pais e dos agentes educativos, sobre os potenciais benefícios desta utilização, bem como de uma visão menos positiva, de sentirem que os jovens se estão a transformar em agentes passivos no processo de aprendizagem, sentindo-se a desmotivação para a descoberta e para a “tradicional” forma de aprender.
A juntar a este cenário, temos uma escola onde se continua a apostar no modo expositivo para ensinar, onde os alunos têm pouca margem para intervir, com programas extensos, exigentes e cuja a utilidade os jovens não reconhecem. Uma escola com turmas demasiado grandes e com alguns docentes “cansados”, pela forma como são tratados na sua progressão de carreira e pela desvalorização da profissão na sociedade.
Então, o que se pode fazer para manter a motivação nos jovens para aprender?
Será melhor começar por perceber que a adolescência corresponde a uma fase de mudanças e indecisões e que os jovens são estimulados pelos êxitos e inibidos pelos fracassos. Logo, os jovens continuam a precisar de orientação clara, de serem estimulados para a tarefa e de algo que desperte os seus interesses. Ao estarem disponíveis e despertos e saindo-se bem nas tarefas, acreditam que são capazes, podendo desenvolver sentimentos positivos de si e das suas capacidades, passando a serem mais consistentes, empenhados e mais confiantes.
Um aluno confiante consegue reter mais facilmente os conteúdos, ser capaz de tirar dúvidas e, na fase de avaliações, provar o seu conhecimento de forma mais eficiente, aumentando a sua motivação.
Um aluno motivado organiza melhor o seu estudo, com planos, e passa a evitar adiar tarefas, por sentir que é capaz. Com esta gestão gasta menos energia, essencial para evitar a exaustão e o desequilíbrio, conseguindo manter a tranquilidade, o foco, a concentração e a gerir a ansiedade.
Cabe aos pais o dever de estarem atentos, integrados nas rotinas escolares e de ajudarem os filhos nos seus planos de estudo, estarem disponíveis para o que pedirem, apostando no reforço positivo das conquistas e apoiarem-nos nos fracassos. Definam períodos de foco, podem utilizar a Técnica Pomodoro (4 blocos de 25 minutos de estudo, com intervalo de 5 minutos, no final de cada bloco), pois o cérebro pode perder o foco com o estudo prolongado e diminuir a motivação.
Num mundo ideal, a aprendizagem e a motivação deveriam caminhar lado a lado para que se consolidassem aprendizagens significativas para os jovens, para que mais tarde pudessem dizer com orgulho, “foi na escola que aprendi…”. Artigo para ler em www.onoticiasdatrofa.pt
http://dlvr.it/THls3j
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